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O que é economia da recorrência?

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Num mundo cada vez mais veloz e dinâmico, nenhum ramo ou setor parece estar imune a mudanças e revoluções, e com a economia não poderia ser diferente.

Dentre estes conceitos está o da economia da recorrência. Em poucas palavras, ela poderia ser definida assim: modelo de negócios que se baseia na oferta de um serviço, e não na compra de uma propriedade; nele, clientes se tornam assinantes e renovam seu compromisso com a empresa de forma simples e prática periodicamente.

Um clássico case de sucesso desta nova forma de relacionamento entre empreendedores e consumidores é o Netflix, serviço apontado como um dos principais responsáveis pelo “sepultamento” das clássicas video locadoras ao oferecer um grande acervo de filmes por um preço fixo.

Engana-se, porém, quem pensa que a economia da recorrência é um advento jovem ou uma novidade recém-lançada que corre o risco de desaparecer num futuro próximo. Há mais de cem anos, pessoas já recebiam pão e leite em suas casas diariamente e, para isso, pagavam um valor mensal preestabelecido pelos padeiros e leiteiros da cidade.

Este serviço clássico ganhou contornos modernos ainda na década de 2000 através de empresas SaaS (Sotfware as a Service) que ofereciam aos clientes a possibilidade de utilizar de seus softwares mediante o pagamento de uma assinatura, ou seja, sem precisar arcar com os custos de licença e, em contrapartida, sem gozar da posse do software em questão.

Com a sociedade cada vez mais familiarizada (e cativada) por benefícios como praticidade e agilidade, a economia da recorrência surge como um modelo capaz de atender a esta demanda, diminuindo a existência de dificuldades presentes nas relações comerciais convencionais e, de quebra, elevando o lucro das empresas que a adotam.

Neste artigo, você entenderá como esta novidade pode revolucionar o seu negócio, independentemente do tamanho que ele tenha, e descobrirá como implantá-la de forma segura e eficaz.

A economia da recorrência não é exclusividade de gigantes como Netflix e Spotify, mas também pode ser a resposta ideal para pequenas e médias empresas que buscam oferecer novas soluções aos seus consumidores e se sobressair num ano crítico para inúmeros mercados.

Antes, porém, de pensar em implementar a economia da recorrência, você precisa se aprofundar um pouco mais em sua análise e compreender quais são os principais alicerces deste modelo e o que o torna diferente de todos os demais.

A economia da recorrência está longe de ser apenas um “pagou-levou”, e somente aqueles que entenderem isso estarão aptos a extrair o que ela tem de melhor.

Economia da Recorrência: mais que um simples serviço de assinaturas

A princípio, o conceito de economia da recorrência pode parecer simplório. Bastaria que um serviço de assinaturas existisse para que este, automaticamente, fosse listado como um exemplo deste modelo.

Ledo engano. Para ser verdadeiramente real, eficaz e revolucionária, a economia da recorrência precisa obedecer a alguns princípios insubstituíveis. São eles:

A Economia da Recorrência preza pela transparência

As clássicas “letrinhas miúdas” que costumam aterrorizar os consumidores não podem estar presentes num contrato baseado na economia da recorrência. Assim como Netflix, Sem Parar, MailChimp e outras, empresas que adotam este sistema não tentam lesar o consumidor que delas se desliga, mas decidem mantê-lo plenamente satisfeito com o serviço oferecido para que, possivelmente, reative sua assinatura quando desejar.

A Economia da Recorrência luta pela simplicidade

Tanto a adesão quanto o cancelamento devem ser simples e preferencialmente feitos pela internet, sem a necessidade da atuação de um funcionário da empresa, a menos que esta seja solicitada pelo próprio cliente. Neste modelo, empreendedores não aprisionam seus assinantes, mas utilizam estratégias baseadas na excelência para fidelizá-los. Um contrato de serviços sob medida para o seu negócio fará com que seus assinantes associem sua marca aos conceitos de idoneidade e respeito.

A Economia da Recorrência cede acesso, não posse

O conceito de “acesso” é fundamental para que o cerne da economia da recorrência seja identificado. Quem paga R$ 19,90 por mês ao Netflix não se torna dono de um box de sua série preferida, mas ganha o privilégio de poder assisti-la onde e quando quiser.

Tais características mostram que o principal trunfo deste sistema não reside no simples serviço de assinaturas que pode ser proporcionado por ele, mas sim em sua total consonância com os anseios dos consumidores atuais.

Há algumas décadas, pertencer a um clube era um dos principais sinais de status que uma família poderia ostentar. A economia da recorrência traz esta sensação de pertencimento aos seus clientes. Quando o serviço ofertado pela empresa se torna popular, seus assinantes automaticamente passam a fazer parte de um “clube” informal e virtual.

Além disso, especialistas de diversas áreas afirmam que se tornar assinante pode ser uma experiência muito mais prazerosa e fidelizadora do que se tornar comprador. Este último traz consigo o ônus da posse e da manutenção de sua propriedade. O primeiro, no entanto, sente-se prestigiado, incluído e, principalmente, livre.

Todos os tópicos acima provam que a economia da recorrência pode ser extremamente benéfica para o consumidor. Quais seriam, porém, os frutos gerados por ela para os empreendedores que a adotam?

É o veremos a seguir.

7 motivos para implementá-la no seu negócio

Do montante do seu lucro à satisfação do seu cliente, passando pelo volume do seu estoque e pela sua rotina de trabalho. A adoção da economia da recorrência pode afetar diretamente todas estas áreas.

Como toda e qualquer grande mudança, esta implementação precisa ser posta em prática com planejamento e responsabilidade. Uma vez realizada, porém, pode gerar frutos de curto, médio e longo prazo.

Confira 7 razões para transformar a economia da recorrência na nova filosofia de sua empresa:

A economia da recorrência pode elevar o seu lucro

Ao implementar este modelo em seu negócio, você gastará menos em diversos aspectos, que vão desde o custo da captação de novos clientes até o valor despendido com setores desnecessários neste sistema. Com isso, a elevação do lucro do seu negócio será natural e gradativa.

A economia da recorrência pode facilitar o seu planejamento

Ciente do número de assinantes que possui e do valor fixo pago por cada um deles, você poderá traçar um planejamento financeiro com alto grau de confiabilidade e diminuirá o impacto de um dos maiores inimigos dos empreendedores: a imprevisibilidade. Embora esta sempre seja inevitável, seu novo modelo de negócios beneficiará seu planejamento a longo prazo, tornando-o mais real e plausível.

A economia da recorrência pode otimizar seu estoque

Caso sua empresa ofereça um produto (como vinhos, livros, itens de maquiagem, ou qualquer outra coisa), saber precisamente o número de assinantes que possui fará com que você diminua gastos com o estoque e evite erros, visto que poderá abastecê-lo de acordo com a quantidade de clientes cadastrados.

A economia da recorrência pode agilizar seu dia a dia

Os dois itens anteriores já são capazes de provocar uma revolução em sua rotina de trabalho devido à chegada de facilidades e recursos até então ausentes de seu negócio. Com isso, suas horas de trabalho poderão ser direcionadas a outras áreas e todo o tempo investido em problemas ligados ao modelo convencional de comercialização poderá ser gasto de maneira mais produtiva e assertiva.

A economia da recorrência pode auxiliar sua precificação

Implementando este sistema, você terá a oportunidade de oferecer diferentes módulos de assinaturas, cada qual direcionado para as necessidades individuais de seus clientes. Um clássico exemplo é a existência dos pacotes “Básico” e “Premium” em diversas empresas. Seu negócio pode adotar uma tática semelhante, precificando melhor o seu serviço e, simultaneamente, fazendo com que seus assinantes se sintam privilegiados pelo preço justo que pagam.

A economia da recorrência pode te diferenciar da concorrência

É possível (e até mesmo provável) que seu negócio não comercialize um produto exclusivo, mas a nova forma de oferecê-lo pode fazer com que sua empresa se destaque no mercado e até mesmo supere concorrentes que possuam maiores recursos que você. Num cenário de crise, identificar formas de se diferenciar dos demais é fundamental para cativar um público com cada vez menos dinheiro e mais desconfiança.

A economia da recorrência pode fidelizar seus clientes

Seguindo os moldes da economia tradicional, um determinado consumidor pode ir ao seu estabelecimento hoje e nunca mais voltar. Seu controle sobre seus clientes é limitado e o retorno deles é sempre incerto. Na economia da recorrência, no entanto, seu negócio contará com assinantes e terá a oportunidade de desenvolver ações diárias para fidelizá-los e estimulá-los a renovar a assinatura e manter-se fiéis aos seus serviços.

Todos estes pontos são reais, mas não se transformarão em realidade num passe de mágica. Ao ingressar neste modelo, um novo desafio automaticamente deverá nortear todas as suas ações: como manter seus assinantes e fazer com que seu negócio nunca deixe de ser relevante para cada um deles?

Gerindo uma operação de sucesso

Para fazer com que a transição de seu negócio para o modelo de economia da recorrência seja bem-sucedida, você precisará abraçar um conjunto de ações indispensável.

Elas são, em sua maioria, simples, mas requerem do empreendedor uma nova visão de mundo que trará consigo novos objetivos, prioridades e filosofias.

Confira:

  1. Defina seu público-alvo: não importa quão fascinante seja o seu serviço, ele não agradará a todos e, por isso, ter em mente qual é o público-alvo do seu negócio é fundamental para o crescimento do mesmo. Quem é o interessado em seu serviço? Qual é a sua classe social, escolaridade, faixa etária? O que o empolga? O que o faz desistir de algo? Quanto mais respostas você conhecer, maiores serão as chances de você o agradar.
  2. Diferencie-se constantemente: optar pela economia de recorrência já é, por si só, um diferencial, mas este deve ser apenas o primeiro passo de uma jornada constante em busca de inovação. Ao conquistar seus assinantes, você deve traçar estratégias capazes de “eternizar a paixão”, ou seja, de mantê-los motivados em relação aos seus serviços. Atualizar-se e sempre buscar novas formas de atender aos anseios do público serão medidas essenciais para a sobrevivência de seu negócio neste novo modelo.
  3. Estude seus concorrentes: quem dedica todo o seu tempo à análise de seus concorrentes certamente comete um erro, mas debruçar-se sobre o trabalho alheio não deixa de ser uma ação produtiva. Mantenha-se atento às novidades lançadas por seus principais concorrentes. Analise quais são os erros cometidos por eles e que devem ser mantidos longe de sua equipe, mas também seja capaz de reconhecer os acertos dos seus adversários. Feito isto, veja como as lições aprendidas se aplicam ao seu negócio e transforme a teoria em prática.
  4. Relacione-se bem com seus assinantes: no modelo de economia tradicional, é comum que alguns empreendedores se concentrem em cifras e, sem que percebam, se esqueçam de pessoas. Na economia da recorrência, porém, a satisfação de seus assinantes jamais pode ser relegada, sob pena de levar sua empresa à ruína. Invista em relacionamento com seus assinantes e demonstre quão importantes eles são. Para isso, vale a pena apostar em ações tradicionais como questionários, mailing, enquetes em redes sociais e, acima de tudo, muita interação. Não importa quão brilhantes sejam os seus serviços, no fim o que importa é o impacto causado por eles. Relacionar-se bem com seus assinantes pode ser a principal receita para o sucesso!
  5. Aceite o feedback dos seus assinantes: é possível que sua empresa coloque em prática o passo anterior, mas não aprenda nada ao longo do processo. Isso ocorre com empreendedores que encaram críticas como ameaças e comentários negativos como lixo. Ao receber um feedback inusitado — algo que indique, por exemplo, que aquela ideia “extraordinária” não está agradando a alguns —, não o descarte antes de analisá-lo. Em alguns casos, tais opiniões negativas não estarão embasadas e podem ser apenas respondidas com educação; em outros, no entanto, elas podem ser o alerta que salvará o seu negócio e mostrará que uma mudança de rota pode ser a atitude mais inteligente a ser tomada. Portanto, permaneça atento!
  6. Invista em marketing: poucas teorias podem ser tão equivocadas quanto aquela que classifica o marketing e a publicidade como “um luxo para as grandes empresas”. Todo empreendimento necessita transmitir uma mensagem e, na economia da recorrência, esta necessidade se torna ainda mais urgente. Como gestor deste modelo, você precisará se lembrar diariamente que sua empresa não vende apenas um serviço, mas um conceito. O Netflix não é sobre filmes, mas sobre praticidade, exclusividade, rapidez. Caso você não conte com verbas milionárias, ignore por ora a publicidade convencional (TV e outdoors) e aposte em outras vertentes do marketing, como, por exemplo, o marketing digital, modalidade que vem revolucionando o mercado graças a uma combinação de custos mais baixos e resultados mais profundos. O importante é nunca permitir que sua marca se torne uma desconhecida. Afinal, como diz o ditado, “quem não é visto, não é lembrado”.
  7. Torne sua empresa conhecida pelos preços justos: a economia da recorrência não costuma perdoar empresas que se empolgam com o crescimento do número de seus assinantes e, imediatamente, dobram ou triplicam o valor mensal cobrado anteriormente. Não permita que o sucesso contamine seu bom senso. Por sua própria natureza intangível — neste modelo, o cliente não é “dono” de nada —, a economia de recorrência só funciona com preços acessíveis ao bolso do público-alvo. O assinante não deve se sentir abusado, mas privilegiado por poder pagar a quantia justa pelo nível do conteúdo recebido. Neste mercado, saber precificar com exatidão é uma habilidade indispensável.
  8. Perca o medo do “grátis”: aos olhos de muitos empresários, oferecer algo de graça é sinônimo de perder dinheiro. Na economia da recorrência, porém, dar ao indivíduo a chance de experimentar seus serviços gratuitamente por um tempo limitado pode ser a mais eficaz maneira de angariar um novo assinante para o seu acervo. Não tenha medo de oferecer itens como “15 dias grátis”, pois esta pode ser a forma através da qual alguém conhecerá o seu serviço e/ou produto e se apaixonará por ele, tornando-se um assinante fiel durante longos anos.
  9. Ofereça valor ao seu público-alvo: esse passo pode ser considerado a extensão do anterior, mas é o item que fará a separação entre empresas que se tornarão memoráveis e empreendimentos que continuarão navegando nas águas da mesmice. Para divulgar sua marca, ofereça conteúdo de valor. Transforme a página de sua empresa no Facebook numa fonte de bons artigos, infográficos e até mesmo e-books. Faça o mesmo com seu site, transformando-o numa vitrine virtual do seu conceito. Ao ofertar gratuitamente conteúdo de valor, você elevará o grau de relevância da sua marca e aumentará exponencialmente a chance de “converter” internautas em assinantes.
  10. Preze pela excelência: transforme sua empresa em sinônimo de excelência. Ser excelente é ir além do básico e não se contentar nem mesmo com o ótimo. Na economia da recorrência, esta visão pode ser a bússola capaz de te conduzir à consolidação de sua marca.

Neste momento, é possível que você já se sinta motivado e capacitado para transferir sua empresa para a economia da recorrência e iniciar agora mesmo uma jornada de sucesso.

Ao longo deste percurso, porém, você precisará de ferramentas capazes de te ajudar a medir o impacto de cada ação e a calcular o custo-benefício de diversos aspectos do seu negócio.

Para medir uma parede, você precisa de uma trena; para medir a sua empresa, você precisará de algumas métricas.

Conheça-as a seguir e entenda como elas serão fundamentais para a sua nova filosofia de trabalho.

Leia o manifesto da Economia da Recorrência aqui.

 

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Pesquisa sobre assinaturas – como o brasileiro consome negócios recorrentes

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pesquisa assinaturas

A Vindi lançou uma pesquisa sobre assinaturas muito completa.

Até aqui é a única pesquisa focada em entender o perfil do brasileiro ao consumir assinaturas e negócios recorrentes no país. Com dados completos sobre perfil de consumidor, região, idade e preferências, a PESQUISA SOBRE O MERCADO DE ASSINATURAS NO BRASIL, está em densa e com dados abertos de segmentos, produtos, serviços e principais marcas entre os consumidores.

Além do perfil de consumo, dados de cobrança recorrente, meios de pagamento preferidos e a relação com assinaturas estão detalhadas no estudo.

Ao acessar a pesquisa, você terá os seguintes dados:

  • Perfil detalhado e personas dos assinantes do Brasil;
  • Dados sobre o crescimento de assinaturas e número de clientes;
  • Destaques do mercado por região do país;
  • Serviços e produtos mais consumidos;
  • Percepções do público sobre os serviços e produtos;
  • Vantagens do modelo de assinatura;
  • Principais lições do mercado da recorrência;
  • Mapa dos clubes de assinaturas;
  • Cases de sucesso e empresas que falharam;
  • Principais desafios do mercado de assinaturas;
  • Tendências do mercado para os próximos anos;
  • Plataformas de e-commerce para clubes de assinatura.

pesquisa assinaturas recorrencia

Separamos alguns highlights da pesquisa feita pela Vindi.

  • Apesar de ter apenas 2% dos consumidores no total da pesquisa, o Norte tem o maior ticket médio, pois concentra 40,5% dos consumidores que gastam acima de R$ 300,00 com assinaturas;
  • Na contramão do Norte, o Nordeste apresentou o menor ticket médio, com 10,7% dos assinantes que gastam até R$ 30,00 com esse tipo de serviço;
  • No Sul, o maior percentual de gastos fica na faixa de até R$ 50,00 (18,7% dos assinantes);
  • Já no Sudeste, 37% dos consumidores gastam entre R$ 100,00 e R$ 300,00 com assinaturas;
  • O serviço de streaming Netflix é líder absoluto em todas as regiões do país, chegando a bater 90,7% da preferência no Sudeste ( o segundo lugar fica com o Spotify);
  • O Sudeste e o Centro-Oeste empataram com a maior média de assinaturas do país, totalizando 9 serviços por consumidor, seguidos do Sul com 8 e do Norte e Nordeste com 7.

Para acessar a pesquisa sobre assinaturas completa, clique aqui.

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Carros por assinatura no Brasil: conheça as marcas que apostam nesse modelo

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Não é de hoje que o consumidor brasileiro busca opções de mobilidade que sejam alternativas à compra de um veículo, como os carros por assinatura. 

E não é para menos: o custo da aquisição e manutenção de um carro não é dos mais baixos no país.

Nesse sentido, a “mobilidade pay-per-use” tem atendido bem o público que busca baixar os custos de locomoção, mas sem perder o conforto.

O sistema “pay per use” está presente em nosso dia a dia em diversas utilidades, como aluguel de equipamentos e serviços. Você paga proporcionalmente ao uso, não sendo “proprietário” do bem, mas podendo desfrutá-lo pelo período contratado. 

Essa é a lógica também dos serviços On Demand, como a Netflix, que cobra pelo acesso e não um produto específico. Tudo isso é o centro da Economia da Recorrência, cuja lógica gera o acesso a diversos bens para pessoas de diferentes realidades socioeconômicas, além de ser mais sustentável a longo prazo.

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Carros On Demand

No setor de veículos, estamos acostumados às tradicionais locadoras de carros, como Movida, Localiza e Rent a Car. Geralmente elas têm diversos modelos à disposição do cliente, cobrando pelo tipo de carro e pelo tempo de uso, além de outras taxas.

Mas, esse mercado, antes dominado pelas locadoras, vem ganhando novos players nos últimos meses, e se tornando mais atrativo.

E as novidades estão surgindo direto da fonte: as próprias montadoras estão percebendo o potencial dos carros por aluguel e começando seus serviços de assinaturas de veículos, em parceria com as concessionárias. O maior atrativo é que oferecem carros 0km para o assinante.

As vantagens da assinatura de carros vão além: em um único preço, o cliente não precisa se preocupar com IPVA, seguro, licenciamento e outros custos.

No Brasil, o mais novo entrante desse sistema é a Renault, que lançou seu programa de assinaturas “Renault On Demand” na última quarta-feira (20).

No exterior, as assinaturas diretamente das marcas já é uma prática conhecida. Se você tiver curiosidade, aqui no blog já trouxemos os cases da Porsche, da Audi e outros.

Agora, conheça mais sobre as marcas brasileiras que estão iniciando a focar não só na venda, mas nas assinaturas de seus automotores.

Renault On Demand (Renault)

Lançado ontem (20), o Renault On Demand já está em funcionamento em seu site. O programa oferece, por enquanto, a escolha entre 4 modelos de carros da marca, desde o mais básico (Kwid Zen) até um mais top de linha, o Duster Iconic. Todos são 0km.

O bacana é que a assinatura do Kwid Zen é a mais barata dentre todas as opções de carros por assinatura do mercado, inclusive os da Fiat e da Volkswagen.

O tempo mínimo de contrato é de 12 meses, podendo expandir para 24 ou 36 meses. Confira abaixo os preços de saída anunciados:

  • Kwid Zen 1.0: R$ 869/mês;
  • Kwid Outsider 1.0: R$ 879/mês;
  • Stepway Iconic 1.6 CVT: R$ 1.539/mês;
  • Duster Iconic 1.6 CVT: R$ 1.699/mês.

Os preços variam de acordo com a franquia de quilometragem por mês escolhida pelo cliente, que começa em 500 km/mês. Se os parâmetros forem alterados, os preços sobem. 

Também é possível optar por adicionais. Já seguro, impostos ou manutenções são por conta da Renault. A assinatura inclui todas as documentações e taxas do veículo pagas, como IPVA, licenciamento, emplacamento etc. Além disso, conta com Assistência 24h para o condutor.

Flua! (FCA – Fiat e Jeep)

O programa Flua!, da montadora FCS, dona das marcas Fiat, Chrysler e Jeep, também entrou no mercado de carros por assinatura recentemente, em 15 de janeiro deste ano.

A princípio, a Flua funciona em um projeto-piloto que envolve 32 concessionárias localizadas no estado de São Paulo e Paraná. 

Ele oferece uma quantidade maior de opções em relação aos concorrentes, sendo 11 da Fiat e 4 da Jeep, também 0km.

  • As assinaturas mais baratas começam com o modelo Fiat Argo Drive 1.0 Flex, por R$1.350,00/ mês (contrato de 36 meses, com franquia mensal de 1.000 km). 
  • Já o mais caro da Fiat é o modelo Fiat Toro Ultra 2.0 AT9 4×4, que chega a R$ 3.750/ mês nas mesmas condições de contrato. 
  • Na categoria Jeep, entram os modelos Compass e Renegade, com suas variáveis de modelo. O Renegade começa em R$ 2.410/ mês, enquanto o Compass Trailhawk chega a R$ 4.380.

Para uma noção real dos preços, o cliente precisa determinar o período de locação e a franquia de quilometragem mensal, pois esses fatores impactam diretamente no valor. Da mesma forma que os concorrentes, IPVA, Seguro Obrigatório e Licenciamento são responsabilidades do programa.

Os pagamentos são feitos por boletos bancários, enviados mensalmente para o e-mail cadastrado, ou por cartão de crédito.

Um ponto interessante é que ao término do período de assinatura, o cliente tem a opção de devolver o veículo ou comprá-lo com prioridade e valores pós-fixados.

VW Sign and Drive (Volkswagen)

Lançado em novembro de 2020, o programa VW Sign and Drive, da Volkswagen, só estará disponível para a cidade de São Paulo e interior, e ainda não são todos os veículos que estão liberados para o serviço.

As opções são ainda limitadas a parâmetros não configuráveis: 24 meses como período de contrato, e franquia de 1.800 km/mês. Nessas condições, os preços são:

  • Jetta: a partir de R$2.999,00/mês
  • Tiguan: a partir de R$3.659/ mês.

Em breve, a montadora pretende disponibilizar também os modelos T-Cross e o Virtus.

Serviços inclusos: documentação, seguro, manutenção preventiva, assistência 24 horas, gestão de multas e rastreador.

Entenda mais sobre os serviços por assinatura no Blog da Vindi! Veja nossas sugestões:

✔️ Mercado de Clubes de Assinatura: overview do ano + tendências para 2021

✔️ Apple ataca Netflix, Google, Spotify e Disney com modelo de assinaturas

✔️ Startup YVY é um dos clubes de assinatura que crescem na crise

✔️ Games por assinatura: o mercado está preparado?

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PCI Compliance: o que é e por que essa certificação é importante

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Seja numa compra avulsa ou recorrente pela internet, os cartões de crédito ocupam a posição de meio de pagamento mais utilizado. Mas muita gente desconhece que, para que as transações por cartão ocorram de maneira segura, existe uma série de regras que as empresas que processam pagamentos devem seguir, o chamado PCI Compliance (PCI-DSS).

Todos os provedores de sistemas que participam do processamento de dados de cartões durante uma transação comercial são obrigados a seguir os requisitos de segurança do PCI-DSS.

No post de hoje, você poderá entender o que é PCI Compliance e por que sua empresa precisa se preocupar com essa certificação na hora de contratar uma solução de pagamentos.

O que é PCI Compliance (PCI DSS)?

Em tempos de economia digital, empresas no mundo todo estão cada vez mais expostas do ponto de vista de segurança de dados na internet

Portanto, para ter a almejada segurança na venda online é preciso que as empresas responsáveis por processar os pagamentos e dados sensíveis de cartão sejam altamente seguras e certificadas. 

O PCI Compliance, ou “PCI DSS”, é uma das maiores certificações de segurança do mundo. A sigla traduzida para o português quer dizer: Padrão de Segurança de Dados para a Indústria de Cartões de Pagamento.

Nesse sentido, a certificação PCI DSS é a maneira mundialmente mais aceita de se assegurar essa confiabilidade. 

Ele foi criado pela indústria de cartões para gerar um conjunto de requisitos que visam a segurança de transações por cartão pela internet. Isso porque as principais regras mantêm o sistema protegido de invasores, protegem as informações dos titulares, monitoram e testam as redes constantemente, além de criarem uma rede segura para a condução das transações.

Quais são os níveis do PCI Compliance?

Existem 4 níveis de certificação PCI: 1, 2, 3 e 4.

A divisão entre os níveis de certificações é configurada conforme a quantidade de transações processadas pela empresa de pagamentos por ano.

Assim sendo, esses níveis determinam a quantidade de esforços que serão necessários para se adequar ao PCI DSS. O nível 1 é o mais rígido e seguro e voltado para empresas com mais de 6 milhões de transações por ano.

Por que minha empresa deve se preocupar com isso?

Se você recebe pagamentos através de cartões de crédito ou tem um gateway no meio do processo, saiba que ele precisa ter obrigatoriamente essa certificação. Então, no momento de decidir qual o provedor do meio de pagamento que sua empresa utilizará, o decisor precisa entender e se preocupar com isso por alguns motivos:

  • Responsabilidade legal: sua empresa deve se proteger contra o vazamento ou roubo de dados dos clientes por terceiros;
  • Confiança: eleger um provedor com a certificação PCI é ter a garantia de ter processos de segurança validados pela indústria de pagamentos;
  • Obrigatoriedade das normas: se você está usando uma solução sem a certificação, o risco de um problema é muito alto;
  • Prevenção a fraudes: o PCI gera menos preocupações com chargebacks decorrentes de fraudes com dados de cartão.

Em qual empresa de pagamentos devo confiar?

Conte com empresas que tenham esse certificado. A Vindi, por exemplo, cumpre rigorosamente os padrões dessa certificação e passa por auditorias periódicas a fim de manter a conformidade com a indústria de cartões. 

Ela possui PCI DSS Level 1, versão 3.2, certificado pela Trustwave. Este é o padrão de segurança mais alto da indústria de pagamentos e a versão 3.2 é a mais recente.

Por isso, vender através da Vindi é ter a certeza da segurança nas transações e a tranquilidade nos métodos de pagamento disponíveis no Brasil.

Para informações técnicas, acesse nosso link com o detalhe da certificação.

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Conheça a Vindi

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